Achei pela manhã no baú dos meus rascunhos a carta que nunca vou enviar. Também esta carta será que a nunca vou terminar. Mas espero que um dia acabe em mim. Assim dizia:
Estou escrevendo uma carta a você que nunca vou enviar. Nunca vou enviá-la porque você não me permite. Então escrevo nesta carta tudo o que o foi pra mim, ser o que nós não fomos, estar onde não estivemos. Esta carta será o cuspe de todas as especulações que fiz a seu respeito, mera especulações, dado que te conhecer também não me foi permitido. Creio que nessas palavras também há algo de violento, algo de impulsivo e ressentido, mas neste caso, permanecerão aqui, porque desta vez, sou eu quem não permite que isto ocorra.
Estou escrevendo uma carta a você que nunca vou enviar. Nunca vou enviá-la porque você não me permite. Então escrevo nesta carta tudo o que o foi pra mim, ser o que nós não fomos, estar onde não estivemos. Esta carta será o cuspe de todas as especulações que fiz a seu respeito, mera especulações, dado que te conhecer também não me foi permitido. Creio que nessas palavras também há algo de violento, algo de impulsivo e ressentido, mas neste caso, permanecerão aqui, porque desta vez, sou eu quem não permite que isto ocorra.